Minha vida no Brasil era cheia de estórias radicais, com altos e baixos (como acontece com todos), com superações e mais superações dia-a-dia, seja na área profissional, seja na pessoal, eu quero dizer que tudo ocorria com muita adrenalina, com a minha entrega de corpo e alma em tudo o que eu fazia.
Escrevo este relato em relação a minha vinda para Dublin, quem sabe assim encorajo outras pessoas, ou desencorajo.
Em 2011 eu fiz dez entrevistas em diversas empresas, de prestação de serviços, escritórios, indústrias, e reprovei em todas, pois meu inglês era pré-intermediário. Imaginem os meus sentimentos como não estavam arregaçados, ainda mais que estava ansiosa para sair do trabalho em que estava naquele período.
Então, consegui o emprego nesta multinacional de TI, porém o diretor da América Latina (muito querido) me alertou no dia da entrevista que eu precisava melhorar (estavam me dando uma oportunidade) porque conversas, calls e reuniões não tinham legendas.
Nossa, então, a partir daí, começou a minha luta - além do excesso de trabalho, da loucura, da correria, eu demorava mais ainda porque minhas tarefas eram 95% em inglês ("listening", "writting", "speaking") e os meus relatórios eram para os coordenadores da Argentina, da Eslováquia, dos Estados Unidos e outros países, e principalmente para o diretor e o presidente mundial de Impostos da Inglaterra. Cheguei a trabalhar horas e horas sem descanso, dormia 4 horas por dia e estava ligada, ligada de tanta preocupação em cumprir meu dever pelo qual eu fui contratada para cumprir sem deixar qualquer vestígio de trabalho mal feito.
Para me ajudar, em setembro tivemos uma auditoria, durante 3 semanas com o diretor mundial (Londres), passei agosto e setembro acordada...rs.. além das aulas particulares que fazia, em horas extraordinárias, e tendo que pagar por elas para que meu trabalho fosse excepcional.
Neste período, havia uma vaga aberta para coordenadora da América Latina, fui indicada, mas o diretor me informou que não poderia tomar posse, pois eu não tinha o inglês fluente. Difícil aceitar isso. Ele tinha razão e mais uma vez eu tive um bloqueio no meu crescimento profissional.
Então, uma empresa de TI concorrente entrou em contato comigo, mas reprovei por não ter o inglês fluente. Uau...então decidi vir para a Irlanda o mais rápido possível. Em outubro comprei a passagem para fevereiro/2013 e aqui estou.
Todas estas decisões tomadas foram na direção que Jesus me deu, e tudo está no controle Dele.
Como lição desta experiência, sugiro que busquem ao Senhor Jesus para que dê a melhor orientação da sua vida, pois sem Ele, com certeza eu estaria em um buraco negro.
Obrigada,
Fernanda.
obs.: para o próximo, escreverei sobre a minha curta experiência aqui, afinal estou há apenas um mês na Europa. ;)
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