domingo, 17 de março de 2013

Como cheguei em Dublin???

Bom, em continuidade ao meu destino, a abençoada Irlanda, teço aqui meus comentários acerca da ida, do avião e da chegada em Dublin, tudo muito calmo...rsrs

Minha família mui amada me levou até o aeroporto de Guarulhos, achei que iria morrer de tanto chorar e soluçar, meu Deus, nunca pensei que seria tão difícil viajar assim, quase desisti e voltei correndo aos braços deles, mas Jesus tem um propósito para minha vida com esta viagem, então decidi encarar tudo.

Ao entrar no avião com destino à Londres, vi tantas cadeiras lindas e espaçosas e já fiquei feliz, empolgada com a viagem, já iria dormir um pouco. Mas, quando me dei conta que minha classe era econômica, estava sentada junto com uma maioria..rs

Foram quase 11 horas de vôo até o aeroporto de Gatwick (Londres). Dormi e acordei várias vezes naquelas cadeiras que você quase fica em pé. Cheguei às 7h e tinha que buscar minha bagagem. Apanhei bastante também, pois tive que andar de trem para ir até o terminal de retirada das malas.

Então, peguei um carrinho que estava com defeito. Peguei outro que estava com defeito. Fui para o terceiro com defeito, então pensei "nossa, até aqui as coisas não funcionam?". Quando dei conta que há uma alavanca que você deve levantar (freio) para o carrinho andar normalmente...ai, ai, cada uma que passamos.

Pronto!!! Malas comigo!!! Onde é o portão de embarque para a Irlanda. Andei por 1 hora dentro daquele aeroporto, a pé, de trem, a pé, de trem. Questionava os funcionários e cada um com uma informação diferente. Socorro, Jesus, um país diferente, procedimentos diferentes, língua diferentes, pessoas diferentes, o que faço, Senhor?

Caminhei até o guichê da companhia de aviação e meu check-in não estava no sistema. Que frio na barriga! Que gelo! Comecei a chorar, e chorar. Uma brasileira residente em Londres viu meu desespero, tinha um tempo para o vôo dela, então a abençoada me ajudou, conversou e explicou a situação para a atendente da cia. aérea, e para minha surpresa, o meu vôo seria em outro aeroporto de Londres, pois comprei as passagens em promoção. E este aeroporto ficava longe, 1 hora de viagem de táxi. Chorei de novo, estava com muito, muito medo.

Minha recente amiga brasileira conversou e fez que fez, e falou e falou, e pediu para que alterasse o vôo para onde estávamos. E a atendente relutando, e meu check-in em São Paulo tinha sido feito on line e não conseguiria alterar, e após 25 minutos no balcão, tentando as devidas mudanças, a atendente informou que deveríamos ir para outro guichê para cancelar o check-in on line e voltar no balcão para falar com ela. E o horário do vôo da brasileira estava bem próximo. Corremos o saguão todo do aeroporto com as malas (2 malas grandes, uma mochila e a bolsa do notebook), o rapaz cancelou o check-in, então corremos tudo de novo de volta à atendente. Pronto! Feito! Ela conseguiu fazer a alteração e fui com a brasileira despachar as malas.

Então ela correu para pegar o vôo, pois já estava em cima da hora, não deu tempo de tomarmos um café, mas deu tempo de descobrir que ela era de Jesus e, inclusive, pediu para que orasse por ela. Aleluia!!!

Para se ter uma ideia, cheguei em Londres às 7h40min, meu vôo para a Irlanda seria às 10h. Com essa loucura, e mudança de vôo, a minha saída de Londres mudou para 12h30min. Claro que perdi o transfer da escola (ônibus que me leva do aeroporto até o hostel - albergue). 

Finalmente, em Dublin, às 13h30min. Agora, o que fazer??? Vamos descobrir...Saí do aeroporto, vi uns ônibus azul, questionei sobre o Temple Bar e pronto. Já estava dentro do ônibus. Desci no Trinity College às 14h30min com muita chuva (vocês pensam que a cidade da garoa é São Paulo, não, não é. É Dublin). Agora, o que fazer??? Procurar o hostel...e a pé. Bom, cheguei no hostel às 16h30min, toda molhada, com dores nos braços, porque - claro - estava com todas aquelas malas que já mencionei anteriormente.

É isso, por enquanto. Próxima história, minha chegada no hostel. 

Jesus, obrigada por estar sempre comigo. Louvores ao Teu nome.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Irlanda: Dublin 2013 (Before coming here)

Minha vida no Brasil era cheia de estórias radicais, com altos e baixos (como acontece com todos), com superações e mais superações dia-a-dia, seja na área profissional, seja na pessoal, eu quero dizer que tudo ocorria com muita adrenalina, com a minha entrega de corpo e alma em tudo o que eu fazia.

Escrevo este relato em relação a minha vinda para Dublin, quem sabe assim encorajo outras pessoas, ou desencorajo.

Em 2011 eu fiz dez entrevistas em diversas empresas, de prestação de serviços, escritórios, indústrias, e reprovei em todas, pois meu inglês era pré-intermediário. Imaginem os meus sentimentos como não estavam arregaçados, ainda mais que estava ansiosa para sair do trabalho em que estava naquele período.

Então, consegui o emprego nesta multinacional de TI, porém o diretor da América Latina (muito querido) me alertou no dia da entrevista que eu precisava melhorar (estavam me dando uma oportunidade) porque conversas, calls e reuniões não tinham legendas.

Nossa, então, a partir daí, começou a minha luta - além do excesso de trabalho, da loucura, da correria, eu demorava mais ainda porque minhas tarefas eram 95% em inglês ("listening", "writting", "speaking") e os meus relatórios eram para os coordenadores da Argentina, da Eslováquia, dos Estados Unidos e outros países, e principalmente para o diretor e o presidente mundial de Impostos da Inglaterra. Cheguei a trabalhar horas e horas sem descanso, dormia 4 horas por dia e estava ligada, ligada de tanta preocupação em cumprir meu dever pelo qual eu fui contratada para cumprir sem deixar qualquer vestígio de trabalho mal feito.

Para me ajudar, em setembro tivemos uma auditoria, durante 3 semanas com o diretor mundial (Londres), passei agosto e setembro acordada...rs.. além das aulas particulares que fazia, em horas extraordinárias, e tendo que pagar por elas para que meu trabalho fosse excepcional.

Neste período, havia uma vaga aberta para coordenadora da América Latina, fui indicada, mas o diretor me informou que não poderia tomar posse, pois eu não tinha o inglês fluente. Difícil aceitar isso. Ele tinha razão e mais uma vez eu tive um bloqueio no meu crescimento profissional.

Então, uma empresa de TI concorrente entrou em contato comigo, mas reprovei por não ter o inglês fluente. Uau...então decidi vir para a Irlanda o mais rápido possível. Em outubro comprei a passagem para fevereiro/2013 e aqui estou.

Todas estas decisões tomadas foram na direção que Jesus me deu, e tudo está no controle Dele.

Como lição desta experiência, sugiro que busquem ao Senhor Jesus para que dê a melhor orientação da sua vida, pois sem Ele, com certeza eu estaria em um buraco negro.

Obrigada,
Fernanda.

obs.: para o próximo, escreverei sobre a minha curta experiência aqui, afinal estou há apenas um mês na Europa. ;)